Programa Público | 2024

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ABERTURA DO PROGRAMA PÚBLICO:

16 MAI . 19H

Lenora de Barros: Fogo no Olho

Abertura da exposição individual de Lenora de Barros e mesa de conversa com a artista e a curadora, Pollyana Quintella.

 

“Corpos ― Indícios, Matrizes ― Espécies” é a segunda edição do Programa Público do Museu Paranaense (MUPA), um projeto experimental e bienal que, em 2024, acontece entre os meses de maio e agosto.

A partir de uma série de ações artísticas, educativas e culturais, o público é convidado a se aproximar dos debates, trânsitos e manifestações associados ao corpo ― humano, não humano, orgânico, inorgânico ― como materialidade portadora e geradora de linguagens transversais. 

Deste Programa Público, que conta com convidados de múltiplas partes do Brasil e do mundo, participam artistas, pesquisadores, professores, arquitetos, escritores e detentores de saberes e fazeres tradicionais. 

Por meio de mesas de conversa, performances, oficinas e exibições, busca-se fomentar diálogos e trocas que aproximam diferenças, colocando em destaque a relação entre corporalidades distintas e temas como história, antropologia e arqueologia; artes plásticas, artes visuais e audiovisuais; literatura, poesia e escrita; infância, educação e aprendizado; gênero, raça e identidade; religiosidade, ritualidade e sagrado; dança, música e artes circenses; moda, design e arquitetura; sonoridade, sensorialidade e outras formas de experiência corporal.

Ao reafirmar a importância da cultura material e imaterial, bem como de seus sujeitos e os encontros que os permeiam, pretende-se também fortalecer a potência do museu como espaço de relações.

As ações que integram o Programa Público “Corpos ― Indícios, Matrizes ― Espécies” são realizadas em sua maioria na Sala Lange de Morretes e nos espaços que compõem o Jardim do MUPA. 

Todas as atividades são gratuitas. Para as oficinas e ações educativas serão divulgados formulários para inscrição prévia. Para as demais atividades, senhas serão distribuídas 1h antes do evento, por ordem de chegada.

Confira a programação e participe!
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O Programa Público é uma forma de convidar a comunidade a se aproximar, refletir e se envolver com um assunto. Para isso, o MUPA propõe uma programação especial, estendida e gratuita com diferentes ações que evocam determinada temática de forma diversa e interdisciplinar.

A ideia é que o público possa experimentar, aprender, conhecer e sentir de forma ampla o que é apresentado. A fim de enriquecer sua vivência intelectual, emocional e cultural, não apenas em escala pessoal, mas de experimentação coletiva. 

Assim, o MUPA convida todas as pessoas para uma jornada de saberes ancestrais, científicos e artísticos, que nesta segunda edição, perpassam as linguagens transversais do corpo. “Corpos ― Indícios, Matrizes ― Espécies”, acontece de maio a agosto de 2024.

O Programa Público “Corpos ― indícios, matrizes ― espécies” ​​inclui ações que buscam valorizar os saberes ancestrais e populares, bem como as pesquisas científicas e artísticas em torno de debates, trânsitos e manifestações associados ao corpo enquanto materialidade portadora e geradora de linguagens transversais. 

O Programa se insere nos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU). A agenda é um apelo global à ação para erradicar a pobreza, proteger o meio ambiente e o clima e garantir que as pessoas, em todos os lugares, possam desfrutar de paz e de prosperidade.

Veja com quais ODS o programa se relaciona:

Educação de qualidade

EDUCAÇÃO DE QUALIDADE

Assegurar a educação inclusiva e equitativa e de qualidade, e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos.

Item 4.2 Até 2030, garantir que todos as meninas e meninos tenham acesso a um desenvolvimento de qualidade na primeira infância, cuidados e educação pré-escolar, de modo que eles estejam prontos para o ensino primário.


Item 4.7 Até 2030, garantir que todos os alunos adquiram conhecimentos e habilidades necessárias para promover o desenvolvimento sustentável, inclusive, entre outros, por meio da educação para o desenvolvimento sustentável e estilos de vida sustentáveis, direitos humanos, igualdade de gênero, promoção de uma cultura de paz e não violência, cidadania global e valorização da diversidade cultural e da contribuição da cultura para o desenvolvimento sustentável.

Item 4.8 Construir e melhorar instalações físicas para educação, apropriadas para crianças e sensíveis às deficiências e ao gênero, e que proporcionem ambientes de aprendizagem seguros e não violentos, inclusivos e eficazes para todos.

 

5 ods

 ALCANÇAR A IGUALDADE DE GÊNERO E EMPODERAR TODAS AS MULHERES E MENINAS 

Item 5.1 Acabar com todas as formas de discriminação contra todas as mulheres e meninas em toda parte.

Item 5.2 Eliminar todas as formas de violência contra todas as mulheres e meninas nas esferas públicas e privadas, incluindo o tráfico e exploração sexual e de outros tipos.

Item 5.5 Garantir a participação plena e efetiva das mulheres e a igualdade de oportunidades para a liderança em todos os níveis de tomada de decisão na vida política, econômica e pública.

 

Cidades e comunidades sustentáveis

CIDADES E COMUNIDADES SUSTENTÁVEIS

Tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis.

Item 11.4 Fortalecer esforços para proteger e salvaguardar o patrimônio cultural e natural do mundo.

Item 11.7 Até 2030, proporcionar o acesso universal a espaços públicos seguros, inclusivos, acessíveis e verdes, particularmente para as mulheres e crianças, pessoas idosas e pessoas com deficiência

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Programação geral

Maio Junho Julho Agosto

Ações educativas

Junho Julho Agosto

MAIO

lenora de barros

16 MAI

 

19H - MESA DE CONVERSA E ABERTURA DE EXPOSIÇÃO

Lenora de Barros: Fogo no Olho

Com Lenora de Barros, Pollyana Quintella (online) e mediação de Bruna Grinsztejn

Há mais de 40 anos, Lenora de Barros produz uma obra que desafia as estruturas convencionais da linguagem, buscando expandir nossos modos de escrever o mundo e nós mesmos.

Ao transitar pelos mais diversos formatos, sua produção dialoga com interesses de múltiplos campos, como as artes visuais, a poesia e as artes performáticas, configurando-se como exemplo notável de prática que habita as bordas e explora a potência daquilo que é limítrofe e adjacente. Em conversa com a curadora e pesquisadora Pollyana Quintella, refletem sobre a trajetória da artista e as principais questões que permeiam sua produção.


Obras da artista Lenora de Barros

Para abrir esse edição do Programa Público, o MUPA apresenta um pequeno conjunto de obras em fotografia e vídeo da artista, que exploram a dimensão polifônica da palavra "língua" – a um só tempo, órgão, músculo, idioma, linguagem, sistema abstrato de signos inter-relacionados. Além disso, haverá outras obras que traçam diálogos entre ver e dizer, palavra e imagem.

A exposição fica em cartaz na sala Lange de Morretes até 09 de junho.

lenora de barros

Lenora de Barros

(São Paulo, 1953) artista visual e poeta. Iniciou sua carreira na década de 1970, após graduar-se em Linguística pela USP. Suas primeiras obras se inserem no campo da "poesia visual", remetendo à poesia concreta dos anos 50. Em 1983, lançou o livro "Onde Se Vê", apresentando poemas incomuns, alguns deles construídos como sequências fotográficas de atos performáticos. Participou da 17ª Bienal Internacional de São Paulo com poemas visuais em videotexto. Ao longo dos anos, desenvolveu uma poética multifacetada, explorando linguagens como vídeo, performance, fotografia, instalação sonora e construção de objetos. Mudou-se para Milão em 1990, onde realizou sua primeira exposição individual, "Poesia É Coisa de Nada", marcada pela série de trabalhos "Ping-Poems". Ao longo dos anos, suas ideias e obras foram desenvolvidas em exposições individuais e coletivas, incluindo participações em bienais e mostras renomadas internacionalmente. Sua obra está presente em coleções importantes ao redor do mundo, destacando-se em museus e instituições como o Hammer Museum, MACBA, Daros Latinamerica Collection, Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofía, MAM-SP e Pinacoteca do Estado de São Paulo.

 

pollyana

Pollyana Quintella

Pollyana Quintella é escritora, pesquisadora e curadora da Pinacoteca de São Paulo, além de doutoranda pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). Como curadora, esteve envolvida em mostras de artistas como Flávio de Carvalho, Tunga, Adriana Varejão, Lygia Clark e Cao Fei. Nos últimos anos, escreveu para diversos periódicos como Jornal Folha de São Paulo, Jornal O Globo, Revista ZUM, Revista Select, Revista Continente, Revista ArteBrasileiros!, entre outras, com ênfase nas relações entre arte contemporânea, cultura visual e política. Em 2022, curou na Pinacoteca a mostra "Lenora de Barros: Minha Língua". 

 

bruna

Bruna Grinsztejn

Bruna Grinsztejn João, é diretora da galeria Gomide&Co em São Paulo desde 2021. Possui formação em Artes Visuais pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e tem especialização em Arte e Filosofia pela PUC-Rio.

maracatu

18 MAI

 

14H - EXIBIÇÃO DE FILME

Leoas: o legado feminino no Maracatu Leão Coroado

Ancestralidade, religião, cultura e o protagonismo de mulheres negras são temas em debate no documentário Leoas. Mulheres de diferentes gerações partilham suas experiências no Maracatu Nação Leão Coroado, grupo com 160 anos de tradição que até poucos anos atrás era liderado e protagonizado por homens. As mulheres atuavam em todas as funções, desde organização e batuque, a costura, mas permaneciam nos bastidores. Hoje elas estão à frente e lideram a Nação. Em homenagem a Dona Janete, Dama do Paço da Nação e companheira de Mestre Afonso, o documentário conversa com a história: mulheres em lugares de destaque.


Duração: 29min
Classificação: Livre  
Ficha técnica: 
UM FILME DE Karen Aguiar em memória de Dona Janete
INCENTIVO: Funcultura| Fundarpe | Secretaria de Cultura de Pernambuco
DIREÇÃO E ROTEIRO: Karen Aguiar 
PRODUÇÃO: Ará Produções 
CO-PRODUÇÃO: Criativo Filmes
DIREÇÃO DE IMAGEM: Criativo Filmes e Carlos Rafael 

 

14H30 - CONVERSA PÓS EXIBIÇÃO

Com Karen Aguiar, do Maracatu Leão Coroado

A conversa visa refletir sobre algumas das temáticas centrais do documentário “Leoas: o legado feminino no Maracatu Leão Coroado”, como a importância das mulheres na manutenção de culturas populares, com enfoque na trajetória de mulheres dentro da Nação de Maracatu Leão Coroado, fundada em 1863, sendo o maracatu mais antigo em atividade ininterrupta, e considerado Patrimônio Vivo de Pernambuco desde 2005. 
 

15h - 18h OFICINA DE MARACATU

Com Karen Aguiar, do Maracatu Leão Coroado

A oficina de baque virado na linguagem do Maracatu Leão Coroado utiliza os instrumentos de caixa, agogô, bombo e ganzá. São passados os ritmos e vozes de cada instrumento no nível básico. A oficina é dirigida tanto a participantes que já tocam maracatu e/ou tem noção musical, como a iniciantes, com pouca ou nenhuma prática musical. O objetivo da oficina é construir as bases do baque.
Público: Qualquer pessoa que tenha interesse em participar.
Atividade gratuita, com inscrição via formulário.

Inscreva-se aqui!

É necessário trazer os próprios instrumentos: tambor/bombo/alfaia, caixa, agogô/gonguê e/ou ganzá para participar.

karen aguiar

Karen Aguiar

Produtora cultural e audiovisual, atual batuqueira-regente e coordenadora administrativa do Maracatu Leão Coroado, neta e discípulo de Mestre Afonso Aguiar, que esteve à frente do Leão Coroado por vinte e dois anos, falecido em 2018. Karen é brincante da cultura popular desde seu nascimento, tendo percorrido vários segmentos culturais, para além da busca de conhecimento e formação no âmbito da produção cultural. Graduanda em Licenciatura em História pela Universidade Federal Rural de Pernambuco, busca unir o acesso ao conhecimento acadêmico com o saber cultural da oralidade presente nas agremiações e detidos pelos mestres da cultura popular, para culminar em produções culturais originais, relevantes e acolhedoras.

Na sua função de regente, é responsável pelo processo educativo da Nação, atuando como coordenadora e monitora das oficinas ministradas pelo Leão Coroado. É encarregada da realização de oficinas periódicas de prospecção de batuqueiros, além de atuar em intercâmbios estaduais, em território nacional e internacional, de disseminação das tradições e musicalidade de maracatus. Também participa e atua como palestrante, tratando de assuntos e demandas relacionados às tradições e características do Leão Coroado e de maracatu no geral.

Vale ressaltar que Karen Adrielly Aguiar de Souza, 23 anos, é a primeira mulher regente do Maracatu Leão Coroado, uma nação conhecida por suas tradições patriarcais e machistas, têm trabalhado para atuar como a nova geração de líderes do Leão Coroado ao lado da primeira presidente mulher da Nação Leão Coroado, Karina Aguiar. Sendo uma figura importante na história dos maracatus e cultura de Pernambuco, é uma mulher de periferia, jovem e preta, que busca a ascensão através da cultura e educação.

 

 

repertório

25 MAI

 

18H - PERFORMANCE

Repertório N. 2

Com Davi Pontes e Wallace Ferreira

Repertório N.2 é a segunda parte de uma experiência coreográfica para pensar a dança como uma prática de autodefesa. Utilizando técnicas desviantes e informais, apostamos em uma genealogia alternativa, subterrânea, de práticas autodefensivas. Com estas coreografias, assumimos o compromisso de pensar criticamente sobre o mundo em que vivemos, realizando a operação de coreografar entre imaginação e intuição, tentando libertar o pensamento das ferramentas do entendimento.

Concepção e performance: Davi Pontes, Wallace Ferreira
Obra comissionada por Frestas - Trienal de Artes 2020/21 - "O rio é uma serpente", com curadoria de Beatriz Lemos, Diane Lima e Thiago de Paula Souza

Classificação indicativa: +18

Assista o teaser

 

19h - MESA DE CONVERSA

Coreografar sem mapas

Com Davi Pontes, Wallace Ferreira e mediação de Miro Spinelli

Essa conversa é um exercício dedicado a explorar possibilidades de encontros a partir da coreografia, abordando o processo de reflexão artística, teórica e coreográfica em relação ao projeto Repertório. O artista e teórico Miro Spinelli conversa com os artistas Davi Pontes e Wallace Ferreira sobre o processo de criação, trajetória do trabalho, origem da palavra "coreografia" e sua interseção com a categoria da racialidade.

 

davi pontes

Davi Pontes

Artista, coreógrafo e pesquisador. Formado em Artes pela Universidade Federal Fluminense e mestre em Artes (Estudos Contemporâneos das Artes) pela mesma instituição. Ele foi premiado com o ImPulsTanz - Prêmio de Jovens Coreógrafos 2022 e o Prêmio Artlink - 100 artistas de todo o mundo, 2022. Participou como um dos artistas da 35ª Bienal de São Paulo. Coreografou a obra “Variação” para o Balé da Cidade de São Paulo e atualmente faz parte dos artistas do 38º Panorama da Arte Brasileira no MAM SP. Desde 2011, ele tem apresentado seu trabalho em galerias de arte e festivais nacionais e internacionais, incluindo a Universidade da Pensilvânia (EUA), My Wild Flag (Estocolmo), Pivô (São Paulo), Centro Cultural de Belém (Lisboa), Rua das Gaivotas 6 (Porto), Bienal Sesc de Dança, MITsp - Festival Internacional de Teatro de São Paulo, Festival Les Urbaines (Suíça), Arsenic - Centro de Arte Cênica Contemporânea (Suíça), Galeria Vermelho (São Paulo), Valongo Festival Internacional da Imagem (São Paulo), Museu de Arte do Rio de Janeiro (Rio de Janeiro), Programa Rumos Itaú Cultural 2021, Festival Programme Commun 2024, Arsenic (Suíça), Sâlmon Festival d’arts vives de (Barcelona), Zodiak — Center for New Dance (Finlândia), Panorama Festival (Rio de Janeiro), 5ª Mostra de Dança Itaú Cultural (São Paulo), Buddies In Bad Times Theatre, Toronto (Canadá), Mendes Wood DM (São Paulo) e residência no ImPulsTanz 2022 [8: tensão] Série de Jovens Coreógrafos (Áustria), La Becque (Suíça), Tanzhaus NRW (Alemanha), Programa de Pesquisa em Arte Pivô, Programa de Residência em Pesquisa de Artes do MAM Rio e Escola Livre de Artes - ELÃ, entre outros. Ele dirigiu o filme “Delirar o racial” em parceria com o artista Wallace Ferreira, uma obra encomendada pelo Programa Pivô Satélite em 2021. Baseado em pesquisa corporal, sua prática enfrenta o constante desafio de posicionar a coreografia e a racialidade para responder às condições onto-epistemológicas do pensamento moderno. Seu principal projeto consiste em analisar as conjunturas em que a violência.

 

wallace ferreira

Wallace Ferreira


Coreógrafa, performer, artista visual. Formada pela Escola Livre de Artes da Maré(ELÃ), Escola de Artes Visuais Parque Lage, bacharelado em dança pela UFRJ (BR). Vencedora do Prêmio ImPulsTanz – Young Choreographers’ Award 2022, e residência artística no Instituto Inclusartiz.Movida pelos desafios de tensionar o presente, desde 2018 tem apresentado seus trabalhos em galerias de arte, festivais nacionais e internacionais como a 35ª Bienal de São Paulo – coreografias do impossível(2023), Liste Art Fair Basel (CH), Tanya Bonakdar Gallery (NY), Bienal Sesc de Dança, MITsp - Mostra Internacional de Teatro de São Paulo, Les Urbaines festival (CH), Galeria Vermelho (São Paulo), Valongo Festival Internacional da Imagem (São Paulo), Panorama Festival (Rio de Janeiro), 5° Mostra de Dança Itaú Cultural( São paulo), Artfizz - HOA Galeria (USA), My Wild Flag (Stockholm), Buddies In Bad Times Theatre, Toronto (Canadá), Mendes Wood DM (São Paulo), Tanzhaus NRW (Alemanha), ArtRio, Lateral Roma, Galeria Jaqueline Martins, SP- ARTE, Display (CZ), galeria A Gentil Carioca. Dirigiu o filme Delirar o racial em parceria com o artista Davi Pontes, obra comissionada pelo Programa Pivô Satélite, 2021. Dentro da cultura Ballroom/Vogue recebeu o título de UpComming Legend Imperatriz da Kiki House of Mamba Negra atuante em São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro.

 

miro

Miro Spinelli

Artista e pesquisador. É mestre em Artes da Cena pela UFRJ, em Filosofia e em Estudos da Performance pela New York University e doutorando no mesmo departamento. Atua nas imbricações entre a performance, a escrita, as artes visuais e a teoria. Apresentou trabalhos em festivais, exposições e conferências em diversas cidades na América Latina, na Europa e na América do Norte. Trabalha de modo transdisciplinar com foco em perspectivas minoritárias. Sua prática artística e intelectual está engajada em estratégias anti-coloniais elaboradas através de um irmanamento radical com coisas, matérias e os invisíveis produzidos nas relações com e entre elas.

 

 

atelie maschere

26 MAI

 

14H - OFICINA

O Jogo da Máscara Teatral

Com Eduardo Vaccari, do Maschere Ateliê

A utilização da máscara teatral oculta o rosto obrigando-nos a transferir o foco de nossa expressão para o corpo inteiro. O fato de este objeto ser uma síntese e uma transposição do real, utilizá-lo em cena pressupõe um afastamento do cotidiano, uma tomada de distância. Jogar com a máscara é a (re)descoberta do espaço da teatralidade, do outro, algo inerente ao humano. Esta oficina tem como objetivo a introdução no jogo da máscara teatral com o intuito de desenvolver: a atenção, a relação com o outro (máscara, espaço, parceiros de cena, música, objetos e plateia), a capacidade imaginativa, e o desenho, a musicalidade e a precisão corporais.

A oficina tem duração de três horas e tem como público alvo estudantes de teatro, artistas e professores de artes cênicas. 

Atividade gratuita, com inscrição via formulário.

Inscreva-se aqui!

eduardo vaccari

 

MASCHERE ATELIÊ

O ateliê de pesquisa em máscaras teatrais, criado pelo ator, diretor e professor de teatro Eduardo Vaccari, é um núcleo de estudos que tem como princípios de investigação, a teatralidade e o mascaramento. Além da oficina "O Jogo da Máscara Teatral", o ateliê mantém, desde sua criação, um Grupo de Estudos com as Máscaras Teatrais que pesquisa diversos mascaramentos como: a máscara de tecido, a máscara neutra, as máscaras-objetos, as máscaras larvárias, as máscaras abstratas, as meias máscaras balinesas e da commedia dell'arte. Além disso, desenvolve pesquisas com a musicalidade e com a palavra como possibilidade de mascaramento.

Eduardo Vaccari é ator, diretor e professor de teatro. Doutor em Artes Cênicas pelo PPGAC-UNIRIO/Université Sorbonne Nouvelle - Paris III. Diretor Teatral com diversos espetáculos em seu currículo, pesquisa o universo das máscaras teatrais desde 1996, tendo como parte importante de sua formação o contato com artistas como I Made Djimat, Ariane Mnouchkine, Juliana Carneiro da Cunha, Eve Doe-Bruce, Stephane Brodt, Ana Teixeira, Luiz Carlos Vasconcelos, Antonio Nóbrega, entre outros. Foi integrante da Companhia dos Bondrés, sob a direção de Fabianna de Mello e Souza, com a qual desenvolveu pesquisa sobre máscaras e manipulação de objetos por cinco anos, atuando nos espetáculos "Instantâneos" e "Oikos"

 

JUNHO

corpo e feminilidade

05 JUN

 

19H - MESA DE CONVERSA

Corpo, vestir e feminilidade

Com Julia Sá Earp, Goya Lopes, Maria Claudia Bonadio e Florencia Ferrari

Compreendendo a moda como incorporação do contextual, ético e estético de realidades culturais, o ponto de partida da atividade são as reflexões de pesquisadoras que trabalham com a intersecção dos temas corpo, vestidos/vestir-se e feminilidade, seja através de estudos junto a populações não-hegemônicas, seja a partir da perspectiva histórica dentro da sociedade nacional.

goya lopes

 

Goya Lopes

Designer de superfície e de moda, artista visual, empreendedora, palestrante, professora, ilustradora e escritora. Marcas Didara e Goya Lopes Design Brasileiro. Pioneira em criar arte na moda afro-brasileira e trabalhos exclusivos para empresas e organizações. Exposições individuais e coletivas nacionais e internacionais.

(Foto: Kin Guerra)

 

julia sa earp

Julia Sá Earp

Designer e pesquisadora. Doutora em Antropologia (IFCS-UFRJ), mestra em Arquitetura e Urbanismo e graduada em desenho industrial pela Puc-rio. Sua pesquisa aborda a produção estética e política das mulheres mẽbêngôkre (kayapó). É integrante do Laboratório de Design e Antropologia (Esdi/UERJ) e do NEXTimagem (IFCS-UFRJ). Atua como designer desde 2015 em projetos com lideranças e associações indígenas voltados para o fortalecimento dos povos originários.

 

Imagem participante

Florencia Ferrari

Em breve mais informações.

 

 

maria bonadio

Maria Claudia Bonadio

Doutora em História pela Unicamp e com estágio pós-doutoral no Museu Paulista da USP. É professora de História da Moda e Cultura Visual na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). É autora dos livros "Moda e Sociabilidade" (Senac, 2007) e "Moda e Publicidade" (NVersos, 2014) . É curadora de conteúdo do perfil do Instagram @historiadamoda.ufjf.

 

mãe vera oxum

8 JUN

 

16H - MESA DE CONVERSA

Corpo físico, corpo espiritual: sobre as formas do sagrado

Com Abdul Qadi, Mãe Vera de Oxum, Simão Nasri e mediação de Victor Macedo

Se por um lado os corpos são biologia, também são meio e prática do sagrado. Nesta mesa de conversa teremos contato com tradições, vivências e práticas distintas, todas atravessadas pela corporeidade e suas manifestações múltiplas em doutrinas e intimidades da religiosidade.

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abdul qadir

Abdul Qadir

Imam da Ordem Naqshbandi de Curitiba e representante Nacional da Ordem Sufi Naqshbandi do Brasil. É geógrafo e educador pela Universidade Federal do Paraná.

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mãe vera de oxum

Mãe Vera de Oxum

Iyalorixá do Ilê Asè Igba Afauman, Curitiba-PR. Mestra Griô, detentora de saberes e fazeres da cultura tradicional dos povos de terreiro, recebeu recentemente o título de Doutora Honóris por seu desempenho e atuação tanto na cultura popular brasileira, quanto por seus trabalhos em movimentos sociais de assistencialismo comunitário. Foi cofundadora do primeiro Afoxé de Curitiba, Omo Ijexá e uma das idealizadoras das alas Afro nas Escolas de Samba de Curitiba, atuando também de forma preponderante no Fórum Paranaense das Religiões de Matriz Africana.

 

padre simão

Simão Nasri

Padre desde 2014 na Igreja Ortodoxa Antioquina de São Jorge em Curitiba. Natural de Aleppo, Síria, foi ordenado sacerdote em 1999 junto a Igreja dos Santos Sérgios. Em 2013 chegou ao Brasil após ser expulso pelo Estado Islâmico. Formado em teologia com especialização em educação cristã para surdos é desde 2019 cidadão brasileiro.

 

Victor Macedo

Victor Miguel Castillo de Macedo

Antropólogo pela Universidade Federal do Paraná e pelo Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Atualmente realiza pesquisas juntos a Universidade de São Paulo, com destaque para investigações ligadas a contextos da África Subsaariana e Américas.

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michelle contorcionista

9 JUN

 

PERFORMANCE DE CONTORCIONISMO

* Entrada 01: 11h30 - 11h35

* Entrada 02: 14h30 - 14h35

* Entrada 03: 16h30 - 16h35

Trama

Com Michelle de Lara

Em Trama, o Museu Paranaense propõe um diálogo entre o seu acervo e aqueles que com ele interagem. Compreende-se que cada agente, partindo de suas experiências e corporalidades, tece leituras e usos próprios diante daquilo que se pode fruir em uma instituição museal. Em uma performance inédita, a contorcionista Michelle de Lara, a princípio circunscrita na mesma trama que o público geral do museu, coloca-se em contato direto com a obra "Ẽpry vẽnkhãpóv (Encruzilhada)", o carrinho de mercado trançado - e, por que não, contorcido - com fibra sintética que carrega a autoria do Coletivo Kókir (Luiz da Silva Kaingang e Joanilton da Silva Foság). Não ao acaso, "Ẽpry vẽnkhãpóv (Encruzilhada)" integra a exposição "Mejtere: histórias recontadas", mostra de curadoria compartilhada que reverbera uma pluralidade de vozes indígenas e estimula novas perspectivas sobre as coleções etnográficas do museu.

michelle contorcionista

Michelle de Lara

Michelle de Lara é uma artista circense curitibana, que atua no meio artístico desde 2017 como educadora e performer. É intérprete criadora de diversos números, tendo participado de espetáculos, eventos culturais e oficinas na cidade. Atua na parte da contorção e no ensino da prática da flexibilidade para corpos adultos.

 

 

noite das ideias francês

12 E 15 JUN 

 

EVENTO INTERNACIONAL

Noite das Ideias | Linhas de Falha

Nos dias 12 e 15 de junho, o MUPA recebe a Noite das Ideias, um evento internacional promovido anualmente pela Embaixada da França e preparado este ano em Curitiba pelo Museu Paranaense (MUPA) em parceria com a Aliança Francesa.

Confira a programação completa:

 

12/06, 19h - MESA DE CONVERSA

Teorias do corpo na antropologia

Com Alexandre Surrallés, Mauro Almeida e Márnio Teixeira-Pinto

Uma conversa sobre a noção de corpo, que não existe enquanto parte das línguas das culturas estudadas pela antropologia, o que não impediu que fosse uma noção analítica fundamental ao longo da história e na atualidade desta disciplina.

alexandre surralles

Alexandre Surrallés

Diretor de estudos da EHESS e diretor de pesquisas do CNRS, Alexandre Surrallés lidera a equipe de pesquisa "Afetividade, percepção, sensação: a atuação corporal do Laboratório de Antropologia Social do Collège de France". Especialista em antropologia da Amazônia, sua pesquisa centra-se no papel da afetividade na definição dos laços sociais e trata de assuntos tão variados quanto os direitos dos povos indígenas e a lexicografia na América colonial. Autor de "Au cœur du sens ; perception, affectivité, action chez les Candoshi" (Paris, Éditions de la Maison des sciences de l'homme e CNRS éditions, 2003), obra traduzida para o espanhol, e "La raison lexicographique : découverte des langues et origine de l’anthropologie" (Paris, Fayard , 2023).

 

mauro almeida

Mauro Almeida

Doutor em antropologia social pela Universidade de Cambridge, no Reino Unido, leciona no Programa de Antropologia da Universidade Estadual de Campinas desde 1977. Desenvolve pesquisas atravessando os temas Amazônia, reservas extrativistas, comunidades tradicionais e teoria antropológica. Participou da formalização do programa das Reservas Extrativistas e da concepção da Universidade da Floresta do Alto Juruá (Uniflora) em 2005. Em 2006, foi professor e pesquisador na Universidade de Chicago, e em 2007, recebeu o prêmio Chico Mendes de Florestania. Recebeu também, do Ministério da Educação (MEC), o Grande Prêmio Capes de Tese 2016. É autor de diversos artigos e livros, entre eles “Caipora e outros conflitos ontológicos”, e, em co-autoria com Manuela Carneiro da Cunha "A Enciclopedia da Floresta - O Alto Juruá: prática e conhecimentos das populações”.

 

marnio almeida

Márnio Teixeira-Pinto

É professor de antropologia na Universidade Federal de Santa Catarina, e pesquisador na área de etnologia indígena. Realizou trabalhos com o povo Arara, tornando-se referência na bibliografia sobre os mesmos ao tratar sobre os temas organização social, xamanismo, ritual e moralidade. Foi Fullbright Professor na University of Wisconsin, Madison/US, Professor Titular Visitante na USP, e atualmente está vinculado à UFSCar como pesquisador no Programa de Pós-Graduação em Antropologia. Além da premiada tese de doutorado intitulada “Ieipari: sacrifício e vida social entre os Arara”, o autor publicou em periódicos e coletâneas, nacionais e estrangeiras.

 

15/06, 16H - MESA DE CONVERSA

Ecologia dos corpos não humanos

Com Ana Vaz (online), Juliana Fausto e Valentina Tong

As relações entre corpos humanos, corpos animais outros que humanos e corpos inorgânicos e minerais, sociedade e paisagem, a depender da perspectiva podem demonstrar e oferecer possibilidades cosmopolíticas que se afastam do modelo político professado pelo humano. No desdobrar de uma troca de ideias envolvendo repertórios da filosofia, cinema e fotografia, o debate envolverá reflexões a partir de experimentações multiespecíficas no âmbito das artes e da ciência.

 

15/06, 16H - ABERTURA DE EXPOSIÇÃO

Viagem Geológica, obras de Valentina Tong

Viagem Geológica apresenta um painel-arquivo com fotografias do projeto de longo prazo da arquiteta e fotógrafa Valentina Tong, em que documenta a paisagem geológica brasileira e sua relação com a arqueologia, a arquitetura e o extrativismo. Sua pesquisa visual busca entender como as estruturas geológicas dos territórios definem sua vocação econômica, como a arquitetura pode movimentar paisagens e como a presença de pinturas e gravuras rupestres se tornam uma resistência diante dessas paisagens em transformação. Serão mostradas também três obras de sua mais recente série Pedra Paulista, uma pesquisa sobre as rochas que dão origem aos materiais da construção civil no Estado de São Paulo.

A exposição fica em cartaz na Sala Lange de Morretes até 14/07.

 

EXIBIÇÃO DE FILME

15/06, sessões às 14h30 e 18H 

16/06, sessões às 11h e 12h30

É Noite na América

Um filme de Ana Vaz

66 min | 16mm transf. HD | cor | 5.1 |Itália, Brasil, França | 2022

Azul meio dia. Sol de verão. Um corpo morto no meio da calçada. Nenhum ruído a não ser o zunido dos carros. Os passos desaceleram enquanto me aproximo do corpo: pelos ásperos, compridos, rajados de preto e rosa, patas em arco, unhas compridas como se congelado em pleno movimento, focinho longo de quem a terra quer comer. O corpo do filhote desgarrado de uma mãe em luto, atropelou-me. Na estrada-asa da cidade-avião, necrópole transformada em oásis pelos arquitetos, milhares de vidas acurraladas buscam refúgio nos seus jardins. Como velar por este morto? O filhote de tamanduá a quem não encontro nome a não ser Fuga, atropelado pela ferocidade dos carros, envenenado pelas peçonhentas plantações, morto pela expansiva cidade que acurrala qualquer vida que não se adapte a ela. 55 milhões de anos, neste instante.

Azul meia noite. Os bichos retornam à cidade. Fazem ninhos nos parques de estacionamento. Celebram o lixo de seus habitantes num festim noturno que foge à tirania do sol, dos monumentos, das estradas, dos palanques. Feitiço animalesco contra o império da morte na calada da noite americana: tempo que faz do dia noite. Também tempo do bicho-cinema que tenta acompanhar Fuga através de sua própria pele de filme vencido, em vias de extinção. Analógica pele escamando o fim de um século marcado pelo sua maior característica: o lixo. Analógico lixo resgatado como testemunha desta fauna em fuga da extinção.

É Noite na América é um filme gravado no zoológico de Brasília, habitat de centenas de espécies resgatadas na cidade. Tamanduás, lobos-guará, corujas, cachorros-do-mato, capivaras, carcarás se encontram com biólogos, veterinárias, cuidadores e a polícia ambiental, numa trama soturna aonde os desafios da preservação da vida tece uma trama de perspectivas cruzadas. Nesta iteração, o filme se expande em forma de poesia, arquivo, contos e conversas num diorama ilusionista aonde vemos e somos vistos. Afinal, quem são os verdadeiros cativos?

Assista o trailer

 

ana vaz

Ana Vaz

Artista e cineasta, nasceu no planalto central brasileiro habitada pelos fantasmas enterrados pela capital federal modernista Brasília. Cerratense de origem e andarilha por escolha, Ana viveu nas terras áridas do Brasil central e do sul da Austrália, nos pântanos do norte Francês e nas margens orientais do Atlântico norte em Portugal. Atualmente traça a sua caminhada entre Paris e Brasília. Sua filmografia ativa e questiona o cinema enquanto arte do (in)visível e como instrumento capaz de desumanizar o humano, expandindo suas conexões e devires com outras formas de vida — tanto outras-que-humanas, quanto espectrais. Consequências ou expansões da sua cinemato-grafia, suas atividades se incorporam também na escrita, na pedagogia crítica, em instalações ou caminhadas coletivas.

(Foto: Bacco de Andrade)

 

julia fausto

Juliana Fausto

Filósofa, escritora e tradutora. Autora de A cosmopolítica dos animais (n-1 edições, 2020), é bacharel em filosofia (UFRJ), mestre em letras (PUC-Rio) e doutora em filosofia (PUC-Rio). Entre 2017 e 2022 fez pós-doutorado na UFPR com bolsa PNPD/CAPES. Tem especial interesse no envolvimento de outros-que-humanos em questões que dizem respeito a arte, ecofeminismos e ecologias queer nos tempos da catástrofe socioambiental conhecida como Antropoceno.

 

valentina tong

Valentina Tong

Valentina Tong (1988) é arquiteta, fotógrafa e curadora, baseada em São Paulo. Desenvolve uma pesquisa fotográfica de longo prazo sobre a paisagem geológica brasileira e sua relação com a arqueologia, a arquitetura e o extrativismo. Documenta as estruturas geológicas que compõem os territórios para compreender como eles foram e são modificados através da arquitetura e processos de extração. Venceu o Prêmio Marc Ferrez de Fotografia para desenvolver o projeto Viagem Geológica, no Seridó Potiguar e sua instalação Serra da Capivara foi comissionada pelo Museu Brasileiro da Escultura (MUBE) para a exposição Pedra Viva e hoje pertence a coleção da Fundação Museu do Homem Americano, no Piauí. Como curadora, é colaboradora do Instituto Moreira Salles, onde trabalhou em diversos arquivos fotográficos e projetos comissionados à artistas contemporâneos.

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emilie sugai

22 JUN

 

19h - ESPETÁCULO (BUTOH)

Hagoromo – o manto de plumas

Com Emilie Sugai

"Hagoromo” - o manto de plumas é inspirado em uma das mais célebres peças de Teatro Nô, Hagoromo de Motokiyo Zeami do século XIV e pode ser resumido como um grande haicai ou um poema dançado que apresenta em seu enredo, quase sem ação, duas personagens: Hakuryo, um pescador de coração pétreo da Baía de Miho, e Tennin, anjo budista que vem recuperar Hagoromo, o manto divino sem o qual não poderá retornar ao céu. Após tristes súplicas do anjo agonizante, o pescador se comove e resolve devolver-lhe o objeto precioso. Mas antes, Tennin deverá lhe conceder uma dança com seu manto celestial. Em 2008 recebeu o Prêmio APCA de melhor espetáculo do ano.

Ficha Técnica:

Coreografia: Emilie Sugai -Direção: Fabio Mazzoni - Com Emilie Sugai e Thiago Sgambato - Iluminação: Fabio Mazzoni - Espaço Cênico: J.C. Serroni - Figurinos: Telumi Hellen.

emilie sugai 2

Emilie Sugai

Coreógrafa, dançarina de butoh e performer, desenvolve uma linguagem própria e singular, em criações solos e em grupos, fruto de suas inquietações artísticas e de vida, geradas das influências recebidas de seu mestre Takao Kusuno no período de 1991 a 2001, das pesquisas relacionadas às memórias do corpo, da ancestralidade e de colaborações com artistas da dança, teatro, cinema e da videoarte.

(Foto: João Caldas)

 

 

nó em rede

23 JUN

 

11H - PERFORMANCE

ADAPTAT

Com Nó Movimento em Rede

Um diálogo entre linguagens artísticas, pessoas, espaços, olhares, que cria mobilidades por onde habita. Articula relacionamentos com o público por meio de diferentes vias perceptivas estimuladas na criação compartilhada entre dois corpos que dançam. ADAPTAT se move nas margens sensibilizando a presença para outros tipos de ambiência e relação do público com a diversidade.

Ficha técnica:

Criação e concepção: Lívea Castro - Direção: Andréa Sério - Movimento: Lívea Castro e Moisés Batista - Ambientação sonora: Machison Abreu - Ambientação poética: Ana Matsusaki

ATENÇÃO: A atividade ocorre na Praça João Cândido, São Francisco, em frente ao MUPA.

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Nó movimento em rede 

Nó movimento em rede é um coletivo de artistas que existe desde 1992,  inicialmente como Limites cia. de Dança. Hoje é um ponto de conexão entre linguagens artísticas diversas, atuando como um lugar cooperativo entre artistas e outros criativos interessados em produzir inovação social nas mediações entre arte e educação, e em partilhar tecnologias de criatividade e sensibilidade humana.

(Fotos: Cayo Vieira)

 

 

corpos indígenas

26 JUN

 

19H - MESA DE CONVERSA

Produção de corpos indígenas

Com João Paulo Lima Barreto Tukano, Andréa Oliveira Castro e Luiz Antônio Costa

Na etnologia dos povos ameríndios das últimas décadas transbordam relatos de como os grupos investem em mecanismos sociais de criação de pessoas, uma vez que o nascimento de um novo bebê não é garantia do nascimento de uma pessoa. Ele, enquanto ser humano, precisa ser produzido, e isso ocorre através de uma série de procedimentos prescritos e proscritos. Entre alguns grupos, até mesmo a possibilidade da gravidez é garantida através de procedimentos sociais específicos. Os antropólogos convidados serão chamados a falar sobre seus estudos de caso, envolvendo os povos amazônicos Kanamari e Karitiana, e a abordagem das estratégias de produção corporal próprias dos Tukano ficará por conta de pesquisador pertencente a esse mesmo povo.

joão paulo barreto

João Paulo Lima Barreto Tukano

Indígena do povo Yepamahsã (Tukano), nascido na aldeia São Domingos, no município de São Gabriel da Cachoeira (AM). Graduado em Filosofia, Mestre e Doutor em Antropologia Social pela Universidade Federal do Amazonas. Fundador do Centro de Medicina Indígena Bahserikowi e da primeira Casa de Comida Indígena – Biatuwi, além de membro de diversos núcleos de pesquisa nacionais e internaiconais.

 

andrea oliveira

Andréa Oliveira Castro

Antropóloga, professora do Departamento de Antropologia da Universidade Federal do Paraná - UFPR. Trabalha com Etnologia Indígena e pesquisa junto ao grupo indígena Karitiana.

 

luiz costa

Luiz Antônio Costa

É professor de antropologia cultural da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Ele realiza pesquisa com os Kanamari do Vale do Javari desde 2002, abordando temas como parentesco e organização social, concepção da pessoa, relação entre humanos e não humanos, e mito e história. Além do seu livro sobre os Kanamari, The Owners of Kinship, publicou diversos artigos em periódicos nacionais e internacionais.

 

 

oficina acrobacia jovani

30 JUN

 

11H - OFICINA DE ACROBACIA

LEVANTE: Oficina de acrobacia de solo

Com Jovani Almeida da Cruz

Nesta oficina, Jovani Almeida convida o público (do iniciante ao avançado) a explorar a potencialidade do corpo por meio de diversas modalidades da acrobacia de solo, como saltos, rolamentos, inversões e equilíbrio. Evocando técnicas da ginástica artística, capoeira, dança e arte circense, os participantes têm a oportunidade de, por um lado, conhecer mais sobre si e sobre as formas de expressão do próprio corpo; e, por outro, de estabelecer diálogos e criações conjuntas com os demais, sempre respeitando-se o nível técnico de cada um.

jovani

Jovani Almeida da Cruz

Artista, educador corporal e arte educador, artesão, acrobata e capoeirista, além de desenvolver projetos sociais diversos na área do circo. Com ampla formação e experiência nos campos circense, artístico e pedagógico, Jovani hoje integra o coletivo Um Café da Manhã, com o qual, dentre outros projetos, estreou em 2022 o filme-espetáculo "COLIBRI". Jovani, em 2024, também fez parte do espetáculo "Eranko" junto à Cia Circo de Ébanos. Durante toda a sua atuação profissional, tem se dedicado a ministrar oficinas de acrobacia de solo, especialmente na cidade de São Paulo, tendo em 2023 ministrado cursos dessa temática junto ao SESC Santo Amaro e o Centro Cultural Tendal da Lapa.

 

JULHO

Em breve mais informações.

AGOSTO

Em breve mais informações.

 

Ações educativas

Junho Julho Agosto

JUNHO

 
mediação

08 JUN

 

13H30 - VISITA MEDIADA + OFICINA

A autorrepresentação por meio da gestualidade do corpo

Para crianças e adolescentes de 6 a 16 anos

Como podemos nos autorrepresentar? A partir de uma visita por retratos e autorretratos presentes nas exposições do MUPA, o Núcleo Educativo trará aos participantes reflexões acerca da representação de si mesmo. Nesse processo, será posto em pauta o fato de que os retratos pintados, muitas vezes, seguem alguns padrões – mas alguns artistas se propõem a achar outras formas de pensar e expressar a sua própria imagem. Na sequência, as crianças e adolescentes serão convidados a representar a si mesmos, desenhando e pintando um autorretrato gigante. Além da concepção de uma imagem de si próprio, a atividade irá propor que toda a gestualidade do corpo seja utilizada para produzir essa obra de arte. 

Abertura de inscrições: 01/06

Duração: 1h30.

Público: crianças e adolescentes de 6 a 16 anos.

Vagas: 10.

A atividade também acontece no dia 16/07 (terça-feira), às 13h30.

 

seres fantasticos

15 JUN

 

13H30 - VISITA MEDIADA + OFICINA

Seres fantásticos

Para crianças e adolescentes de 6 a 12 anos

Nos mitos e histórias ancestrais do povo Xetá, existem espíritos chamados möu ‒ representações de entes ou animais mortos que vivem nas florestas e perseguem os vivos. As figuras dos möu (que misturavam representações de animais e humanos) eram construídas pelos Xetá a partir da escuta de história oral e com a utilização de cera de abelha. Com base nessa inspiração, a atividade Seres fantásticos será composta por contações de histórias que instiguem as crianças a explorar e elaborar imaginários a respeito de seres que não possuem um corpo material definido. Elas serão convidadas a modelar pedaços de argila enquanto escutam uma história sobre um ser fantástico que habita o Museu Paranaense ‒ mas que possui um corpo de formato ainda desconhecido. A intenção é instigar os participantes a traduzir por meio da escultura, cada qual à sua própria maneira, um conjunto de características que não possuem, necessariamente, qualquer ligação a um corpo físico previamente determinado.

Abertura de inscrições: 01/06

Duração: 1h30.

Público: crianças de 6 a 12 anos.

Vagas: 15.

A atividade também acontece no dia 19/07 (sexta-feira), às 13h30.

 

educativo

22 JUN

 

13H30 - VISITA MEDIADA + BRINCADEIRAS

Xanrí, Jogé e Pirá visitam o museu 

Para crianças de 3 a 5 anos

Permeadas por animais que moram nos rios, mares e florestadas, as histórias dos povos indígenas são cheias de significados. Nas etnias presentes no Paraná, é comum ver representações de animais de diferentes tamanhos esculpidos em madeira. Inspirado por contos indígenas e visando explorar outras formas de se visitar um museu, o Núcleo Educativo do MUPA convidará as crianças a brincar de Xanrí (aves), Jogé (caranguejo) e Pirá (peixe) visitam o museu. Durante a brincadeira, enquanto escutam mitos sobre as origens de algumas etnias indígenas, as crianças serão motivadas a se locomover de maneiras não usuais, divertidas e experimentais pelos espaços, imitando animais. 

Abertura de inscrições: 01/06

Duração: 1h30.

Público: crianças de 3 a 5 anos.

Vagas: 10.

A atividade também acontece no dia 17/07 (quarta-feira), às 13h30.

 

mascaras

29 JUN

 

10H - VISITA MEDIADA + OFICINA

Habitar a paisagem: mascaramento e mimetismo 

Para crianças de 6 a 12 anos

Em diferentes tradições indígenas, as máscaras não são fantasias – são verdadeiros entes, com corpo e vontades próprias. Elas têm protagonismo nas histórias ancestrais e podem materializar-se em seres brincalhões, malévolos, sinistros, curadores, ou um pouco de tudo. Nesta atividade, que é inspirada pela história do povo Ticuna sobre uma árvore mágica chamada Tüerüma, as crianças serão convidadas a visitar as máscaras da exposição Mejtere: histórias recontadas. 

Durante a visita, haverá conversas sobre temas como a feitura das máscaras, seus modos de uso e suas origens. O Núcleo Educativo também contará histórias que demonstram que as máscaras ali expostas não são apenas objetos de enfeite – elas são, afinal, respeitadas e entendidas como seres viventes pelos seus povos.

Após a visita, será proposta a produção de novas máscaras. Para tanto, serão utilizados materiais naturais coletados no Jardim do MUPA. O objetivo será que as crianças produzam “um novo rosto” para si mesmas, o qual pode, por exemplo, mimetizar uma paisagem ou evocar as qualidades de um animal. Assim, cada criança poderá se transformar naquilo que deseja. 

 

Abertura de inscrições: 01/06.

Duração: 1h30

Público: crianças de 6 a 12 anos.

Vagas: 15.

A atividade também acontece no dia 13/07 (sábado), às 10h.

JULHO

Em breve mais informações.

AGOSTO

Em breve mais informações.

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